Um tesouro espiritual inestimável em suas mãos

 

14x21cm • 240 páginas • Capa dura
Fitilho de cetim • Verniz de altura
Borda pintada

Um tesouro! É assim que podemos definir o conteúdo dos Exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola.

Trata-se de uma obra essencial para o desenvolvimento da inteligência espiritual, que tem transformado a vida daqueles que os praticaram ao longo dos últimos 500 anos.

E isso se dá porque esta obra foi elaborada com uma metodologia que transcende a oração e eleva o ato de rezar a uma profunda experiência de conhecer a si mesmo e a determinar-se a algo além de si mesmo.

Os praticantes são, nas palavras do padre Paulo Ricardo, “desentortadores de vidas”, pois, além de estimular o exame de consciência diário, criam essa consciência por meio do discernimento, do olhar para dentro e do silêncio interior.

 

Com um projeto gráfico que traduz toda a beleza do texto e com um conteúdo que nos confronta por meio da Palavra e dos ensinamentos de Cristo, busca nos esvaziar de nós mesmos para sermos preenchidos por Deus.

Esta é uma leitura indispensável para todos aqueles que tem o desejo de se aproximar e de se parecer com Deus.

Muito mais do que conhecimento, ela te conduz a uma verdadeira e profunda experiência com Deus, que te fará não apenas se enxergar diferente, mas a ver todas as coisas ao seu redor através dos olhos maravilhosos de Jesus Cristo.

Livro em mãos

 

Santo Inácio de Loyola nasceu em Loyola, na região basca da Espanha, em 1491.

De origem nobre e cristã, foi pajem de Juan Velázquez de Cuéllar, tesoureiro da corte real de Fernando de Aragão. Aos trinta anos, quando tentava defender a fortaleza de Pamplona durante um cerco, Inácio foi gravemente ferido por uma bala de canhão.

Convalescente, procurou preencher o tempo lendo sobre a vida dos santos e de Cristo, o que lhe abriu os olhos para a superficialidade de sua vida mundana. Decidiu então converter-se e, a partir de 1528, juntamente com colegas da Universidade de Paris, propôs os fundamentos para uma nova ordem religiosa: a Companhia de Jesus (fundada em 1534 e reconhecida pela Igreja em 1540). Passou os últimos anos de sua vida em Roma como Geral dos jesuítas.

A atividade espiritual, intelectual, educacional e missionária da ordem fundada por ele foi uma das alavancas da reforma católica e da contrarreforma. Faleceu em Roma, em 31 de julho de 1556, e foi canonizado em 1622.

 

 
 

Por que praticar os
Exercícios espirituais

 
 

Quando, em 1522, Santo Inácio de Loyola escreveu estes Exercícios espirituais, em Manresa, norte da Espanha, certamente o fez para facilitar os exames de consciência que deveriam sobrevir a este retiro de 30 a 40 dias, afortunadamente aproveitando o período quaresmal. Logo em seu início, ele apresenta a definição de exercício espiritual, como “forma de meditar, contemplar, examinar a consciência, orar vocal e mentalmente, além de outras operações espirituais”. Essa abertura, entretanto, guarda uma surpresa para quem não é afeito a regras e vê na explicação uma mera desculpa para considerar qualquer recorrência espiritual como exercício. 

Obra essencial para o desenvolvimento da inteligência espiritual, ela tem mudado a vida de todos os praticantes ao longo dos últimos 500 anos.

Soldado e estrategista antes de sua conversão, Inácio levou esse caráter que respeita hierarquia e organização para toda a sua vida pós-conversão, e logo os exercícios se tornaram a principal influência para todos os membros da Companhia de Jesus, pois não há sermão de padre Vieira, poema de Santo Anchieta, ação administrativa de padre Manoel da Nóbrega, evangelização de São Francisco Xavier ou qualquer iniciativa dos tantos padres jesuítas de antes e de agora que não sejam inspirados por esses Exercícios. 

Obra essencial para o desenvolvimento da inteligência espiritual, ela tem mudado a vida de todos os praticantes ao longo dos últimos 500 anos. Para comemorar a data, foi pensada uma edição que proporcionasse a todos os leitores a oportunidade de conhecer a fundo uma metodologia que transcende a oração e eleva o ato de rezar a uma profunda experiência de conhecer-se a si mesmo e a determinar-se a algo além de si mesmo. Não por acaso, padre Paulo Ricardo, em um dos seus artigos, qualifica os Exercícios como “desentortadores de vidas”, pois, além de estimularem o exame de consciência diário, eles criam essa consciência por meio do discernimento, do olhar para dentro e do silêncio interior.

Inicialmente copiado à mão e distribuído a todos os religiosos e leigos de todos os continentes — afinal, um dos carismas da Companhia de Jesus é a missão de evangelizar —, as páginas foram divulgadas com esforço e persuasão. É importante lembrar que Santo Inácio viveu em um mundo centrado em Deus, em que a Justiça tinha o mesmo peso que a Misericórdia; em um contexto histórico em que a autoindulgência era inconcebível; e quando o sentido da existência humana não se limitava à felicidade nem ao bem-estar, mas na busca constante da santidade. 

Diferentemente das meditações orientais, os Exercícios espirituais apresentam uma metodologia em que se discutem internamente questões diversas, típicas da verticalidade do pensamento ocidental, em que se interpõem as contradições entre o dever, a culpa, o juízo, a responsabilidade, o amor e tantas outras categorias, reduzidas a apenas duas: a Desolação e a Consolação. Apesar de não ter conhecido a contemporaneidade, Inácio depurou a filosofia medieval para sua entrada triunfal na Idade Moderna. 

Considero-o sobretudo o Santo da Boa Leitura, pois sua conversão, que resultou na edificação de toda a sua obra — incluindo a fundação da Companhia de Jesus, a mais influente ordem da Igreja, berço de formação do Papa Francisco — foi fruto da leitura de apenas dois livros, interpretados de forma consequente: um relato sobre a vida dos Santos e A imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, o livro católico mais editado depois da Bíblia. Foi essa objetividade que gerou a simplicidade tanto de sua escrita como do sistema de oração que ele propõe, respeitadas as individualidades dos praticantes, pois alguns podem ter alguma dificuldade, sobretudo na primeira semana.

O presente livro, portanto, marca os 500 anos da publicação dos Exercícios espirituais e é também o legado que todos os colaboradores desta edição deixam para as gerações futuras. Desde a tradução do castelhano com cotejo das edições portuguesa e brasileira até a própria concepção do projeto e tratamento da linguagem para os dias atuais, este trabalho visa tornar permanente e recorrente a experiência da prática dos Exercícios, com ilustrações, capa dura, acréscimo de cores, espaço para anotações e fitas para recorrência aos remissivos. 

Que possamos todos os dias fazer da prática dos Exercícios espirituais um caminho para seguir Santo Inácio no lema que ele mesmo criou para si e seus companheiros de Ordem: Ad Majorem Dei Gloriam, ou seja, tudo para a maior Glória de Deus.